Monday, January 29, 2007
.: Qual dia você escolheria? :.
Ontem fizemos uma visita surpresa-rotineira de aniversário para um grande amigo. E como sempre, usufruímos do presente. Ver aquele filme me fez pensar em algumas coisas.
O Feitiço do tempo conta a história de um cara que vive o mesmo dia inúmeras vezes. Ele está preso naquele dia, e não entende por quê. Ele não escolheu aquilo, porque não era um dos melhores dia da vida dele. Há um momento no filme em que ele lembra de um belo dia, numa praia, com uma garota, e pergunta por quê não é esse dia que se repete.
Ao dirigir de volta pra casa fiquei pensando que, se tivesse a oportunidade de escolher um dia para ser repetido na minha vida, não saberia qual. Não há um dia especial que me faz querer voltar e vivê-lo novamente. Tem uma época da minha vida que me rende em sentimentos nostálgicos, mas não consigo lembrar de algum dia marcante.
Poderia ser qualquer uma daquelas tardes ensolaradas de outono da 6ª série. Uma daquelas tardes em que você se mata de rir com as piadinhas dos meninos e com os tiques dos professores que não parávamos de imitar. Uma daquelas tardes em que a gente passava a aula de Português trocando bilhetinhos com as amigas. “Eu odeio a Sabrina, menina insuportável!”. Aquelas tardes em que a gente não ligava se o tempo passasse devagar, mesmo com o teorema de Pitágoras na lousa, porque a gente gostava de estar ali. Não havia preocupações com o trabalho, chefes, prazos. A preocupação era o dia da prova e se o Leonardo iria ser o titular do time na copa Dan´Up.
Naquelas tardes, eu ainda não tinha enfrentado meu drama familiar, ainda vivia o tenro primeiro amor e não sabia o que seria quando crescesse. E nada me preocupava de verdade. Quer dizer, eu odiava chegar atrasada na escola, então me apressava em almoçar rápido e pegar o ônibus em tempo de chegar e papear com o primeiro grupinho que eu encontrasse no pátio. Essas tardes estão impregnadas em mim e em muita gente que viveu aquilo comigo. Era tudo tão simples. Tão feliz. Tão perfeito. Eu não tinha medo do mundo. Quisera poder voltar, ver a carinha de todos os meus amigos de novo, ver o Andrezão rodando o caderno como se fosse um prato giratório de circo até cair no chão e levar bronca da professora Fátima. Por quê eu não consigo fazer com que as coisas fiquem leves como eram naquela época?
Ontem fizemos uma visita surpresa-rotineira de aniversário para um grande amigo. E como sempre, usufruímos do presente. Ver aquele filme me fez pensar em algumas coisas.
O Feitiço do tempo conta a história de um cara que vive o mesmo dia inúmeras vezes. Ele está preso naquele dia, e não entende por quê. Ele não escolheu aquilo, porque não era um dos melhores dia da vida dele. Há um momento no filme em que ele lembra de um belo dia, numa praia, com uma garota, e pergunta por quê não é esse dia que se repete.
Ao dirigir de volta pra casa fiquei pensando que, se tivesse a oportunidade de escolher um dia para ser repetido na minha vida, não saberia qual. Não há um dia especial que me faz querer voltar e vivê-lo novamente. Tem uma época da minha vida que me rende em sentimentos nostálgicos, mas não consigo lembrar de algum dia marcante.
Poderia ser qualquer uma daquelas tardes ensolaradas de outono da 6ª série. Uma daquelas tardes em que você se mata de rir com as piadinhas dos meninos e com os tiques dos professores que não parávamos de imitar. Uma daquelas tardes em que a gente passava a aula de Português trocando bilhetinhos com as amigas. “Eu odeio a Sabrina, menina insuportável!”. Aquelas tardes em que a gente não ligava se o tempo passasse devagar, mesmo com o teorema de Pitágoras na lousa, porque a gente gostava de estar ali. Não havia preocupações com o trabalho, chefes, prazos. A preocupação era o dia da prova e se o Leonardo iria ser o titular do time na copa Dan´Up.
Naquelas tardes, eu ainda não tinha enfrentado meu drama familiar, ainda vivia o tenro primeiro amor e não sabia o que seria quando crescesse. E nada me preocupava de verdade. Quer dizer, eu odiava chegar atrasada na escola, então me apressava em almoçar rápido e pegar o ônibus em tempo de chegar e papear com o primeiro grupinho que eu encontrasse no pátio. Essas tardes estão impregnadas em mim e em muita gente que viveu aquilo comigo. Era tudo tão simples. Tão feliz. Tão perfeito. Eu não tinha medo do mundo. Quisera poder voltar, ver a carinha de todos os meus amigos de novo, ver o Andrezão rodando o caderno como se fosse um prato giratório de circo até cair no chão e levar bronca da professora Fátima. Por quê eu não consigo fazer com que as coisas fiquem leves como eram naquela época?
Comments:
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Little Lu, as coisas são assim mesmo... se vc começar a pensar em felicidade acaba voltando pra infância. Você já reparou que, mesmo nas reportagens de lugares como o Nordeste etc, sempre que algum repórter pergunta se a criança é feliz ela nunca diz "não". É inerente. As coisas vêm em seqüência: vestibular, faculdade, estágio, trabalho, amadurecimento, desavenças amorosas, desavenças profissionais, corações partidos, traições, filhos, noites sem dormir, formaturas, etc etc... Acumula-se muita coisa boa, mas também aumenta-se responsabilidades e pensa-se demais no futuro. Por isso, como diz o Makita, é melhor aproveitar antes que abra uma cratera e nos trague. E aproveitar o que tem de bom e nos cerca HOJE: música acessível em mp3, todos os filmes que queremos, viagens, Ipod, Lost, 24 horas, messenger, carros etc... fora as coisas que se repetem todo ano, como por ex. visitas surpresas-rotineiras em 28 de janeiro. A leveza vem da alma.
Os, sem faze média: em um dos dias entre 02 e 08 de março de 97 eu estava em lua-de-mel na praia de Trancoso vendo aquela paisagem linda num dia de sol. Depois de subimos a pé uma encosta num morro e demos de cara com o quê? Um restaurante sem paredes, todo de vidro... pedimos um almoço magnífico e ficamos vendo o céu magenta... o sol, as franjas das ondas, como diria Italo Calvino... voltamos no ônibus quase dormindo e ouvindo R.E.M. no discman. À noite balada, Passarela do álcool and only love...
"A leveza vem da alma".
Estamos contaminados... e cada dia nos contaminamos mais. Manter a ingenuidade infantil onde vivemos é foda. Tvz nem o ideal. Manter sua leveza é um exercício diário, penso eu. Mas, poliana que sou, penso q temos momentos leves. Como imitar James Bond no muro do prédio para tentar se esconder do aniversariante.
Como diz a música: "vive melhor quem samba, abra a janela do peito e deixa o samba passar"...
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Estamos contaminados... e cada dia nos contaminamos mais. Manter a ingenuidade infantil onde vivemos é foda. Tvz nem o ideal. Manter sua leveza é um exercício diário, penso eu. Mas, poliana que sou, penso q temos momentos leves. Como imitar James Bond no muro do prédio para tentar se esconder do aniversariante.
Como diz a música: "vive melhor quem samba, abra a janela do peito e deixa o samba passar"...
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