Monday, September 24, 2007

.: fim de temporada :.

A noite estava quente. Clima bom para um casamento ao ar livre.
Convidados impecáveis. Mesmo de All Star vermelho: that’s us! Do último degrau da escada do altar dava pra ver o Fernando mantendo-se firme e forte à espera dela. Martha surge de vestido branco de renda, uma típica noiva espanhola. Em minha singela opinião, a parte mais bonita da cerimônia foi quando olharam-se durante um bom tempo nos olhos. Era como se um resumo tivesse passado naquele intervalo de segundos, e eu lembrei do dia em que o Fernando bradou “se não for essa eu viro viado!”. Aliás, agora que essas palavras já não servem mais pra ele, Diego adotou-as ao desfilar orgulhoso ao lado de Juliana, que pegou o buquê e agora desafia Renata e Norman.
Façam suas apostas: de quem será o casamento que terminará a próxima temporada?
Sei que este capítulo, assim como o último da temporada passada com o casamento da Fabi e do Ader, foi à altura de um grande fim. Já o meu fim particular, é melhor não comentar. O que importa é que aquela foi a melhor pista de dança de todos os tempos
.

Wednesday, September 19, 2007

.: enquanto isso, no mundo dos sonhos... :.

Ontem não sonhei com você. Só que alguém me falava de você. Dá pra ir embora de vez?

Tuesday, September 18, 2007

.: o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer (los hermanos) :.

Cruzei com você no final do sonho desta noite. Na verdade, já era quase de manhã. Eu ia caminhar no parque, como geralmente faço aos domingos, e você, como costuma fazer de vez em quando, passou de bicicleta na minha rua. Eu ainda olhei pra trás, numa tentativa de recuperar os traços do seu rosto. Sabe o que mais me desespera? É que ao mesmo tempo que eu rezo para que aquele dia em que eu acordarei com a sensação de ter esquecido algo sem saber bem o quê seja breve, eu tento reconstruir você a cada noite. Porque o tempo, meu bem, vai te apagar de mim aos poucos. Logo nem as fotos serão capazes de reproduzir a cor tão particular do teu olho. Ou a covinha que você tem quando ri. O seu cheiro, então, nem pensar. E o peso do teu corpo sobre mim? Em breve, babe, tuas lembranças serão meus esforços e tenho medo de que só fiquem as coisas ruins, como aconteceu com o outro. Por que eu quis que ficassem só as coisas ruins pra ter raiva e me livrar dele. Deu certo, mas com você eu queria que fosse diferente e, inevitavelmente, não será.

Friday, September 14, 2007

.: no life :.

Sabe, babe, acho que você tinha razão. Eu sou "sem vida", tal qual os objetos que te devolvi por Sedex. Sinto tanta emoção quanto um celular velho e desligado e dois cd´s piratas. Eu me sinto tão inanimada, tão fracassada, que nem a depressão consegue mais se instalar aqui. Como dito, as funções vitais estão em ordem: comer, dormir, trabalhar, estudar... e é só. Sou hoje um conjunto de músculos e ossos que tem uma profissão, come e dorme. Gasto todas as minhas energias nos sonhos. Na verdade, vivo quando durmo, morro quando abro os olhos. Ao menos na minha vida dos sonhos, eu tenho uma casa, um closet (!!), os velhos amigos e um marido que me ama. E nos meus sonhos, você arrumou um emprego, leva sua vida como se eu não tivesse existido na sua. Acontece que desde esse sonho, eu senti que aquele cordão tênue de energia que nos ligava se partiu. E agora, o que será de mim sem você? E você, será que um dia conseguirá olhar pra esfinge impregnada em tua carne sem se lembrar de mim?

Tuesday, September 11, 2007

.: it´s close :.

Eu sei que a depressão me ronda quando abro os olhos de manhã e calculo o intervalo insuportável de horas que me separam do momento de voltar à cama.
Eu quero aquela felicidade de volta. Aquela felicidade de verão abafado do começo deste ano. Só que não quero fazer nada pra consegui-la. Eu a mereço? Claro que não. Então, o negócio é juntar-se ao inimigo, seja bem-vinda, pode ficar o tempo que quiser.

Monday, September 10, 2007

.: domingo, 09 de setembro de 2007, 22 horas e 16 minutos :.

Foi nesse exato instante que eu tive a impressão de que ele pensava em mim.
Secador de cabelo ligado, Kiss FM sintonizada, me veio a imagem de nós dois dentro do carro dele, passando por uma rua larga de Águas, uma que tinha muitas árvores do lado direito e bancos de concreto. Foi muito rápido, por segundos me vi dentro do carro enquanto ele dirigia.
Talvez ele estivesse, nesse mesmo minuto enquanto eu secava o cabelo, passando por essa rua. Talvez estivesse voltando pra São Paulo, por isso passava por aquela rua, pois era caminho. Talvez alguém ocupava o "meu" lugar no banco do passageiro. E talvez, enquanto tudo isso acontecia, ele lembrou de mim e me viu ao lado dele.
Ah, meu bem, por quê você me deixou?
Nós tínhamos tanta coisa a fazer.
Tínhamos apenas começado.

Thursday, September 06, 2007

Hoje de manhã enquanto eu atravessava uma rua vindo em direção ao trabalho, senti o cheiro do meu passado.

Tuesday, September 04, 2007

.: boa sorte/good luck :.

A minha fada-madrinha está triste, afinal, nenhuma fada, ainda mais madrinha, quer ver um afilhado sofrer.
Ontem ela disse ter lembrado de mim ao ouvir Boa sorte, de Vanessa da Mata com participação de Ben Harper. Curiosa, fiz uma pesquisa na internet e busquei no meu passado alguma memória perdida: será que eu encomendei essa letra?

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais
That’s it
There is no way
It over, Good luck
I have nothing left to say
It’s only words
And what l feel
Won’t change
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me
É demais / It too much
É pesado/ It’s heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais / Is’nt real
Expectativas / Expectations
Desleais
Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais
Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who poisoned you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
so many special people in the world in the world
All you want
All you want
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me
É demais / It too much
É pesado / It’s heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais/ Isn’t real
Expectativas / Expectations
Desleais
Now were
Falling into the night
Um bom encontro é de dois


.: a dança da vassoura :.

Existe uma brincadeira na nossa turma onde todos dançam em pares, embalados ao som de uma música qualquer. Mas alguém começa essa dança com uma vassoura porque não tem par. A música troca, a vassoura permanece com quem começou sozinho a brincadeira. Por vezes, a vassoura até dá um descanso e vai parar na mão de outro, mas coisa rápida. Basta o acorde de uma nova música pra ela voltar pras mãos de origem, que fortes a sustentam com certo orgulho, até. Foi assim durantes meses, anos. No mínimo 3 anos, desde que os pares se consolidaram. Sim, os pares trocaram de parceiros também, se separaram, voltaram. Mas nada disso influiu o par da vassoura, que continuou sua dança solitária, se esforçando pra ser feliz. E seria mentira se eu dissesse que não foi... feliz. Foi sim. Mas agora acho que esse ímpar da turma está se sentindo um número muito solitário. 9, esse é o seu número. 4 casais e o par da vassoura. Mesmo tendo quebrado muito a cabeça e ter desistido de achar alguém pra acompanhar a dança, desta vez o número 9 teve esperanças. O fato é que, para ter um par, a vassoura passaria a alguém, e isso não seria nada agradável. Seria melhor tudo continuar como estava, afinal o número 9 já estava acostumado com a solidão dos sábados à noite. Para ele seria fácil, apesar de monótono, ficar com a vassoura. E foi assim que aconteceu. Seguindo a regra do jogo, a vassoura não pode ser posta de lado, e acompanha novamente seu par já cansado das mesmas músicas.

Esse texto foi postado por mim em 18 de novembro de 2004 no extinto Som-e-fúria.
Está aqui porque me intimaram: “você escreve isso e assina em baixo?”.
“Já escrevi há algum tempo”, foi minha resposta numa recente conversa.
Pois bem, há apenas uma atualização (feliz) a fazer. Agora (e por enquanto ainda) são cinco casais na turma. Mas o cabalístico número 9 continua a atrair a vassoura e – olha que coisa! – este texto continua valendo! Tanto faz eu tê-lo escrito há dois anos e 10 meses ou ontem, NADA mudou.
Ao menos, eu aprendi novos ritmos...


This page is powered by Blogger. Isn't yours?