Friday, August 31, 2007

.: adeus agosto, mês do desgosto :.

Sabem qual foi o meu primeiro pensamento do dia assim que o despertador tocou?

Wednesday, August 29, 2007

Tudo o que eu queria hoje era um botãozinho que eu apertasse e me fizesse parar de sentir a falta dele.

.: o último enigma :.

Édipo disse, com convicção, que ela precisava de um homem. Que toda mulher precisava. Pegou-a pelos braços, encostou-a na parede, deu a ela flores, doces e outros mimos. Ela gostou. Deu carinho e puxões de orelha. Ela se apaixonou.
Seus enigmas foram decifrados ao senti-lo tão perto e vibrante.
Infelizmente, a história não permite um final feliz. Mesmo que eles tenham se apaixonado, Édipo e Ex-finge não poderiam viver um grande amor, pios a missão dele era decifrá-la e matá-la.
Assim aconteceu.
Só que há um enigma que ele deixou sem ser decifrado... Estaria a Ex-finge fingindo-se de morta à espera do combate final?
Estaria ela em repouso, enquanto cola os cacos do coração partido?
Ou será que ela está adiando o encontro com o decifrador do último enigma, pois sabe que aquele que o decifrar ficará com ela pro resto da vida?

Tuesday, August 28, 2007

Eu cheguei, ele já estava lá.
Ele havia mudado o visual, estava de cavanhaque, igualzinho ao dia em que o vi pela primeira vez e que recordo pelas fotografias. Muito charmoso.
Um velho me assediou e ele veio em minha defesa. Me ofereceu um abraço e eu o beijei. Caminhamos um pouco até ficarmos a sós. Olhei pra cima, o céu estava estrelado como naquele dia em que ele me levou pro quintal e ficamos horas ali. Ele também olhou pro céu, parecia tranqüilo. Aquele céu abençoava nosso amor.

O que mais me dá raiva nesse tipo de sonho, é o fato de ser só um sonho.

Friday, August 24, 2007

.: enigma que não é da esfinge :.

Por quê todo borracheiro tem um passarinho engaiolado?

Tuesday, August 21, 2007

As 5 músicas que viraram minha trilha sonora:

2 - Girl, you´ll be a woman, soon (Urge Overkill)
Se você quer trepar, vá à faculdade, já dizia Zappa. Só assim mesmo.
Lembro da primeira balada com a base da minha turma de amigos vitais. Pão de queijo na casa da Pétula (ô se isso pode ser uma balada!). Me apaixonei por uma foto do irmão dela que tinha na geladeira, seu nome era Apolo! O Ader ainda era o amigo chato do Makita. O Makita cantava “his’ not your kind” e apontava pra mim, eu sabia que ele falava do Borcsik, mas não tava nem aí. Saímos com ovadas dos vizinhos na cabeça. Ninguém pegava ninguém ainda. Eu e a Renata ainda éramos as únicas que tinham carro. Quanta coisa mudou, pra melhor, desde 2001 pra cá. Já pensei tantas vezes que seu eu tivesse entrado na faculdade logo após o colégio não os teria conhecido! Nós somos, mesmo, uma série, muito melhor que Friends, e estamos na sétima temporada!

.: amor incondicional :.

Ontem eu descobri que sou capaz de sentir isso. É, tô feliz por isso sim.

Monday, August 20, 2007

.: It´s time :.

É hora de lavar a cara, de arrumar a casa, de guardar as pelúcias, a medalha e as sementes numa caixa de sapatos branca, de excluir o contato do messenger, de ouvir I used to love her, but I had to kill her no último volume vindo pro trabalho.

Wednesday, August 15, 2007

Estranhamente, o dia amanheceu lindo hoje.

Tuesday, August 14, 2007

As 5 músicas que viraram minha trilha sonora:

3 - You are my sunshine (Michael Bolton)
Aqui tem um pouco da minha adolescência. Da Karol e da Keyla, quando a gente cantou essa música pra ela antes dela voltar pro Rio de Janeiro. Do Leozinho, quando tive de apresentar o trabalho em inglês pra 6ªB, cantando o refrão e olhando pra ele na classe. Das doces tardes de outono com o sol entrando pelas janelas sem cortina de um colégio estadual. Aquela história do “eu era feliz e não sabia” é verdade.

Thursday, August 09, 2007

.: Retoque :.

– E aí, o namorado gostou da tatuagem?
– ...
Foi então que eu disse ao tatuador, já com cara de preocupado, que não, eu não havia me arrependido. Pelo contrário. Tinha orgulho dela, pois representava uma bela mudança em mim, e quando eu olhava pra ela lembrava só das coisas boas, da surpresa mútua que foi a tatuagem dele.
O tatuador, muito competente e gente fina, cobriu de preto os restos mortais da flor do Borcsik, o primeiro. Ela agora só existe em uma fotografia, cuja cópia entreguei pra ele dizendo que um dia alguém tatuou uma flor em sua homenagem.
Eu havia decidido cobrir a flor do Borcsik, o primeiro, antes de conhecer o Ricardo. Apesar de não ter me arrependido da primeira flor, havia decidido que quando encontrasse meu grande amor cobriria a primeira com uma flor maior. Dito isto, minha fada-madrinha sugeriu a flor de lótus. Tinha tudo a ver conosco, com o lance das nossas diferenças e semelhanças. Mas talvez eu tenha me enganado. Talvez ele não seja o meu grande amor, pois não é possível amor fazer a gente sofrer tanto assim. Independente disso, valeu a pena tatuar em meu corpo algo que o lembrasse. Afinal, ele também foi um "primeiro".
Desde ontem a raiva já havia passado. A velha preocupação voltou ao seu lugar, dividindo espaço com um sentimento novo por ele: a saudade.
Preciso aprender a lidar com tudo isso.

.: Quem mandou pedir pra sonhar? :.

– Ele deve estar com muita raiva dela.
Ao dizer isso pra alguém que estava ao meu lado, eu me aproximei da cena. Ela estava deitada no chão e ele rasgava sua blusa, sem dizer palavra alguma.
Quando ela me viu, disse aos prantos:
– Sua puta! A puta da história é você.
Eu ri, sarcástica como só eu sei ser algumas vezes.
– Você deve estar se divertindo agora... Ela me dizia com uma ira que poderia reconhecer de longe. Seu rosto era marcado pelas lágrimas e pelo batom vermelho que usava, vulgarmente contrastando com sua pele muito branca e seu cabelo preto alisado. Magra, parecia ser um pouco mais alta que eu.
– Eu tô só assistindo... Disse, de alma lavada.
Ele havia descoberto que ela tinha outro.

Tuesday, August 07, 2007

Achei estar enlouquecendo por segundos.
“Isto não está acontecendo. Não tudo junto, não novamente. Vou fechar os olhos, e quando abrir tudo vai voltar ao normal: ele me ama, sim, ele me disse. Mais que isso, ele provou. Eu acreditei, deixei a pedra de lado pra voltar a acreditar nas pessoas. Não pode estar acontecendo, não tão rápido. Não sem viver tudo o que tem de ser vivido. Não sem dançar pra ele. Não sem entregar o que estou escrevendo. Não sem imprimir uma foto nossa pra pôr no meu mural.”
Mas ao abrir os olhos, ah, a realidade...
Resgatei da bolsa o velho bloco de anotações que carrego, já era hora de terminar o que havia começado em outubro de 2006:

Era um apartamento em construção, sem luz. Eu andava procurando alguém. Ele estava, estranhamente, encostado à parede, nu. Eu o abracei e beijei, feliz, dizendo: “Por quê você demorou tanto?”
Não havia pudor na sua nudez. Eu continuava abraçando-o. Ele era um tipo de cara que eu nunca olharia na rua: cabelos negros, encaracolados, rosto quadrado, cara de homem. Mais alto que eu, mas nem tanto. Não se encaixava no meu estereótipo garoto-com-cara-de-neném-do-cabelo-liso-e-jogado, de preferência loiro. Esse cara que eu abraçava e beijava, nu, era um desconhecido nesta, mas prova

Não prossegui com a anotação. Não lembro por que, pois faz 10 meses que comecei a escrever, parei e esqueci. Esqueci desse sonho até conhecer o homem que eu abraçava e beijava. E ele me fez sentir o que senti no sonho: felicidade e segurança. Por dois meses e meio...

É hora de terminar o que comecei:

velmente, era meu conhecido de outras vidas. Não haveria tanto sentido eu estar tão feliz com alguém cujo rosto vi tão perfeitamente sem conhecer ainda. Senti o beijo dele. O abraço. O que há reservado para mim?

É o que pergunto agora.
Agora que eu terminei a anotação, que o sonho tornou realidade e ganhou vida própria, e em seu livre-arbítrio me apunhala a cada dia. Especialmente hoje, não há mais vida neste coração. O amor está aqui ainda, embalsamado pela raiva que ele me fez sentir ao me desrespeitar. As acusações, eu as relevaria todas, aos montes, já estava relevando. A indiferença, pra isso se dá um jeito. As provocações, eu não ligo. Mas o desrespeito, se eu relevar, desisto de mim.

Friday, August 03, 2007

As 5 músicas que viraram minha trilha sonora:

4 – Luca (Suzanne Vega)


Esta é a música que marca a minha infância. É claro que eu ouvia Xuxa & Cia. (infelizmente faz parte do meu passado negro e não posso negar), mas eu era aficcionada pelo programa Clip Trip da Gazeta (lembram do Beto Rivera?) e passava horas com meu irmão assistindo aos clipes. Adorava My name is Luca, não entendia porra nenhuma de inglês, mas curtia o clipe, o jeito despretencioso da Suzanne cantar, os tons escuros, o timbre da voz dela.

Thursday, August 02, 2007

.: Listas :.

Num dos últimos episódios de Lost que assisti, Charlie fazia uma das listas de “A vida é cheia de som e fúria” (adaptação teatral de High Fidelity, romance de Nick Hornby). Lembrei que estou pra fazer isso desde que assisti a peça. Acho que é uma boa hora pra começar.

As 5 músicas que viraram minha trilha sonora:

5 - Banquet (Bloc Party)

Quem me apresentou essa música em 2004 foi Ader Gotardo, um dos responsáveis pela minha sapiência musical (mesmo eu ainda não decorando o nome das bandas até hoje). Anteontem, Diego Guerra me presenteou com um CD gravado especialmente pra mim, e adivinha quem estava lá? Banquet começa com o que foi “a minha cara” até o último dia 06 de abril:

“A heart of stone, a smoking gun

I can give you life, I can take it away…”

Esta era eu, um coração de pedra que me protegia e me mantinha, até então, feliz.
Tal alcunha foi roubada de André Borcsik, e desde que ele me deixou (e deixou comigo a frieza de seu coração) eu baixei a guarda pouquíssimas vezes. Três, pra ser mais exata. Não me arrependi dessa fase. Foi boa, fui forte, aprendi a ser feliz sozinha. Mas se me perguntarem se a quero de volta, independente do que acontecer, a resposta é não.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?