Wednesday, March 14, 2007
.: The Zodiac duel :.
Dizem por aí que o meu signo ascendente é Câncer, dizem, ainda, que é um signo muito emotivo.
Dizem mais, que a partir dos vintes anos é o ascendente que rege sua personalidade.
Muito bem, sou Sagitário. E apesar de ler, vez em quando, meu signo, e ficar boquiaberta com o talento que o astrólogo tem em ser genérico, creio que as bolas foram trocadas comigo. Acho que fui regida por Câncer até a adolescência, mais especificamente, até terminar o primeiro ano de faculdade. (Yes, I was nineTEEN.)
Parece que Câncer tinha dado uma rasteira em Sagitário quando eu nasci, dizendo:
– Dessa daqui eu tomo conta.
Por isso, chorei quando levei uma bolada na cara da menina má da quinta-série sem revidar. Escrevia poesias e mais poesias toda vez que ficava triste, muito triste, atrofiada sob uma dor-de-cotovelo. Mas Sagitário, sagaz que é, paciente, disse à Câncer:
– Pode ficar com a tenra idade.
A partir dos vinte anos algo mudou. Nada radical, visual ou efêmero. Continuei fiel aos meus velhos amigos e conceitos, mas não gostava mais de poesias rimadas.
Percebi-me mulher. “Ôpa!”, pensei, “Onde estou?!”.
Era como se a princesa tivesse sido acordada naquele momento, lá em cima da torre.
– Você está sob minha proteção agora, disse-me Sagitário. Sou o pior signo do zodíaco, vim te libertar.
– Mas... o que faço com o resto dos bichos de pelúcia que insisti em guardar?
– Doe, eles só servem pra juntar ácaro.
– Humm, e os diários, cultivados com tanto amor e carinho durante anos?
– Guarde essa merda pra ver o quanto você vai evoluir a partir de agora.
– Ah, tá. E... posso ligar pro Flávio pra desejar feliz ano novo?
– Não!
– Sei...
– E tem mais, pode ir se despindo dessa roupinha de princesa, filhota. Nenhum príncipe virá te beijar. Você será a má da história. Será invejada por muitos porque será feliz sozinha e as pessoas não irão entender.
– Mas... isso é uma maldição?! Você está dizendo que eu não vou viver um grande amor?
– Não, não vai.
– Tenho opção?
– Sim, peça socorro ao seu ascendente melancólico. Mas se chamar por ele, me esqueça.
– Certo... Pode me ajudar a desabotoar o corpete?
Dizem por aí que o meu signo ascendente é Câncer, dizem, ainda, que é um signo muito emotivo.
Dizem mais, que a partir dos vintes anos é o ascendente que rege sua personalidade.
Muito bem, sou Sagitário. E apesar de ler, vez em quando, meu signo, e ficar boquiaberta com o talento que o astrólogo tem em ser genérico, creio que as bolas foram trocadas comigo. Acho que fui regida por Câncer até a adolescência, mais especificamente, até terminar o primeiro ano de faculdade. (Yes, I was nineTEEN.)
Parece que Câncer tinha dado uma rasteira em Sagitário quando eu nasci, dizendo:
– Dessa daqui eu tomo conta.
Por isso, chorei quando levei uma bolada na cara da menina má da quinta-série sem revidar. Escrevia poesias e mais poesias toda vez que ficava triste, muito triste, atrofiada sob uma dor-de-cotovelo. Mas Sagitário, sagaz que é, paciente, disse à Câncer:
– Pode ficar com a tenra idade.
A partir dos vinte anos algo mudou. Nada radical, visual ou efêmero. Continuei fiel aos meus velhos amigos e conceitos, mas não gostava mais de poesias rimadas.
Percebi-me mulher. “Ôpa!”, pensei, “Onde estou?!”.
Era como se a princesa tivesse sido acordada naquele momento, lá em cima da torre.
– Você está sob minha proteção agora, disse-me Sagitário. Sou o pior signo do zodíaco, vim te libertar.
– Mas... o que faço com o resto dos bichos de pelúcia que insisti em guardar?
– Doe, eles só servem pra juntar ácaro.
– Humm, e os diários, cultivados com tanto amor e carinho durante anos?
– Guarde essa merda pra ver o quanto você vai evoluir a partir de agora.
– Ah, tá. E... posso ligar pro Flávio pra desejar feliz ano novo?
– Não!
– Sei...
– E tem mais, pode ir se despindo dessa roupinha de princesa, filhota. Nenhum príncipe virá te beijar. Você será a má da história. Será invejada por muitos porque será feliz sozinha e as pessoas não irão entender.
– Mas... isso é uma maldição?! Você está dizendo que eu não vou viver um grande amor?
– Não, não vai.
– Tenho opção?
– Sim, peça socorro ao seu ascendente melancólico. Mas se chamar por ele, me esqueça.
– Certo... Pode me ajudar a desabotoar o corpete?
# posted by Ex-finge : 5:06 AM
Comments:
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E não é que é verdade? Vc está mais sagitariana que nunca.
E quer saber? Acho sagitarianas são masi felizes do que cancerianos. Eu nunca me entendi: sempre fui sagitariana no quesito independência, queria estudar à noite no colegial só para poder trabalhar e ter o meu dinheiro (= independência). No primeiro emprego, juntei 90% do meu salário só para ter meu carro (= independência) etc. etc.
Mas nunca pude esconder a sensibilidade a flor da pele típica de uma pisciana. Ô raça...
E quer saber? Acho sagitarianas são masi felizes do que cancerianos. Eu nunca me entendi: sempre fui sagitariana no quesito independência, queria estudar à noite no colegial só para poder trabalhar e ter o meu dinheiro (= independência). No primeiro emprego, juntei 90% do meu salário só para ter meu carro (= independência) etc. etc.
Mas nunca pude esconder a sensibilidade a flor da pele típica de uma pisciana. Ô raça...
Belo texto. A pergunta é: isso vale para homem também?!
Ah! Sobre a Páscoa, não sei ainda... mas espero te contar uma boa novidade amanhã! ;)
Ah! Sobre a Páscoa, não sei ainda... mas espero te contar uma boa novidade amanhã! ;)
phelipe: acho que vale! então, acho vou visitar o clã cerdeira na páscoa, faça o favor de ir pra lá tb!
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