Tuesday, September 04, 2007
.: a dança da vassoura :.
Existe uma brincadeira na nossa turma onde todos dançam em pares, embalados ao som de uma música qualquer. Mas alguém começa essa dança com uma vassoura porque não tem par. A música troca, a vassoura permanece com quem começou sozinho a brincadeira. Por vezes, a vassoura até dá um descanso e vai parar na mão de outro, mas coisa rápida. Basta o acorde de uma nova música pra ela voltar pras mãos de origem, que fortes a sustentam com certo orgulho, até. Foi assim durantes meses, anos. No mínimo 3 anos, desde que os pares se consolidaram. Sim, os pares trocaram de parceiros também, se separaram, voltaram. Mas nada disso influiu o par da vassoura, que continuou sua dança solitária, se esforçando pra ser feliz. E seria mentira se eu dissesse que não foi... feliz. Foi sim. Mas agora acho que esse ímpar da turma está se sentindo um número muito solitário. 9, esse é o seu número. 4 casais e o par da vassoura. Mesmo tendo quebrado muito a cabeça e ter desistido de achar alguém pra acompanhar a dança, desta vez o número 9 teve esperanças. O fato é que, para ter um par, a vassoura passaria a alguém, e isso não seria nada agradável. Seria melhor tudo continuar como estava, afinal o número 9 já estava acostumado com a solidão dos sábados à noite. Para ele seria fácil, apesar de monótono, ficar com a vassoura. E foi assim que aconteceu. Seguindo a regra do jogo, a vassoura não pode ser posta de lado, e acompanha novamente seu par já cansado das mesmas músicas.
Existe uma brincadeira na nossa turma onde todos dançam em pares, embalados ao som de uma música qualquer. Mas alguém começa essa dança com uma vassoura porque não tem par. A música troca, a vassoura permanece com quem começou sozinho a brincadeira. Por vezes, a vassoura até dá um descanso e vai parar na mão de outro, mas coisa rápida. Basta o acorde de uma nova música pra ela voltar pras mãos de origem, que fortes a sustentam com certo orgulho, até. Foi assim durantes meses, anos. No mínimo 3 anos, desde que os pares se consolidaram. Sim, os pares trocaram de parceiros também, se separaram, voltaram. Mas nada disso influiu o par da vassoura, que continuou sua dança solitária, se esforçando pra ser feliz. E seria mentira se eu dissesse que não foi... feliz. Foi sim. Mas agora acho que esse ímpar da turma está se sentindo um número muito solitário. 9, esse é o seu número. 4 casais e o par da vassoura. Mesmo tendo quebrado muito a cabeça e ter desistido de achar alguém pra acompanhar a dança, desta vez o número 9 teve esperanças. O fato é que, para ter um par, a vassoura passaria a alguém, e isso não seria nada agradável. Seria melhor tudo continuar como estava, afinal o número 9 já estava acostumado com a solidão dos sábados à noite. Para ele seria fácil, apesar de monótono, ficar com a vassoura. E foi assim que aconteceu. Seguindo a regra do jogo, a vassoura não pode ser posta de lado, e acompanha novamente seu par já cansado das mesmas músicas.
Esse texto foi postado por mim em 18 de novembro de 2004 no extinto Som-e-fúria.
Está aqui porque me intimaram: “você escreve isso e assina em baixo?”.
“Já escrevi há algum tempo”, foi minha resposta numa recente conversa.
Pois bem, há apenas uma atualização (feliz) a fazer. Agora (e por enquanto ainda) são cinco casais na turma. Mas o cabalístico número 9 continua a atrair a vassoura e – olha que coisa! – este texto continua valendo! Tanto faz eu tê-lo escrito há dois anos e 10 meses ou ontem, NADA mudou.
Ao menos, eu aprendi novos ritmos...
Comments:
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Tvz seja uma questão de perspectiva. Será q o ponto não é dividir a vassoura? Ou arranjar um par PARA a vassoura?
A refletir...
A refletir...
aí é que está, querido WL. a vassoura não se divide, regra básica. arranjar um par para a vassoura seria uma saída, mas eu como disse ao nosso amigo digs, ficar com a vassoura é meu karma, meu dharma, minha maldição. ou não se explica a maior parte do tempo dançando sozinha a música.
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